de cara lavada

hoje foi dia de remodelações. sejam bem-vindos ao novo blogue da Carla, que está de cara lavada e foi rebaptizado de DIAS FELIZES. é possível que nos próximos dias ainda faça pequenos ajustes, mas creio que as alterações principais estão feitas. pelo menos até que o impulso de mudança se instale novamente.

hoje fui ao cinema

hoje, de improviso, fui ao cinema. ver um filme que desde há meses planeava ir ver, plano esse que vinha sendo sucessivamente adiado. porque, por vezes, não há melhor plano do que não ter plano nenhum. e deixar a vida acontecer.

O Segredo dos Seus Olhos

gostei. especialmente do final, inesperado e desconcertante. revelador de que o amor sem limites que buscamos nas nossas vidinhas pode conter em si muito desAmor. pois a natureza humana é complexa e, acima de tudo, imprevisível.

um filme a ver, com ou sem rebuçados de aniz.

gosto de desafios

e, desta vez, decidi aventurar-me e participar numa blogagem colectiva

http://blog.blogactionday.org/

a água é certamente um dos recursos naturais mais essenciais à vida humana, mas porventura também um dos mais maltratados, especialmente nas economias ditas ocidentais, dada a sua aparente abundância.

todavia, nos últimos anos, com o surgimento e desenvolvimento das preocupações ecologistas e ambientais, tem aumentado consideravelmente a tomada de consciência em relação à escassez da água, à possibilidade de a mesma deixar de ser suficiente para as necessidades da população mundial, às dificuldades de obtenção de água potável em muitas zonas do globo, ao desperdício da água nas economias mais desenvolvidas, etc.

daí que, na votação deste ano, Water - Água tenha sido seleccionado para o tema desta blogagem colectiva


mas tenho de confessar que me apeteceu fazer um 'post' um pouco diferente, pelo que vos deixo com um poema que constava habitualmente dos livros de escola da minha infância e que sempre me cativou

Lágrima de Preta

Encontrei uma preta

que estava a chorar,

pedi-lhe uma lágrima

para analisar.

Recolhi a lágrima

com todo o cuidado

num tubo de ensaio

bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,

do outro e de frente:

tinha um ar de gota

muito transparente.

Mandei vir os ácidos,

as bases e os sais,

as drogas usadas

em casos que tais.

Ensaiei a frio,

experimentei ao lume,

de todas as vezes

deu-me o que é costume:

Nem sinais de negro

nem vestígios de ódio.

Água (quase tudo)

e cloreto de sódio.

António Gedeão